segunda-feira, 17 de março de 2014

Games.

           O diagnóstico obedece à teoria dos sistemas. Situações mais complexas, como paciente em UTI são sistemas dinâmicos. Os Games são escritos da mesma forma. Os diagnósticos e as diversas condições fisiopatológicas podem e devem ser escritos na linguagem dos games. Permitem que as pessoas comuns compreendam com maior facilidade e, mais do que isso, demonstram a lógica da função, retirando do intangível a responsabilidade pelo que está acontecendo.
                O software já está escrito. É conhecido como Watson da IBM. Classificado como computação cognitiva, aprende conforme vai sendo usado. Já é considerado imbatível, assim como aconteceu quando o computador passou a vencer os jogos de xadrez. 
                Visto desta forma há uma desmistificação do ato médico. O paciente passa a ser responsável pelo que está acontecendo com ele. O médico sai deste período de penúria, onde é chamado a responder por todos os problemas do paciente, devendo se comportar como um sacerdote. Termina aí qualquer possibilidade de se atribuir ao médico a responsabilidade sobre a doença e imobiliza todas as tentativas de exploração da presença e do trabalho do médico.

domingo, 16 de março de 2014

Saúde é pressuposto, consequência e indicador de uma sociedade sustentável.

                 Não só a saúde, mas também a segurança, a educação e muitos outros como a mobilidade urbana, etc são valores a serem perseguidos em função da sustentabilidade, que é em última instância,  indicador de felicidade, único valor universal incontestável.
                   O grande problema é que as políticas públicas não contemplam esse raciocínio e abertamente atuam exclusivamente na expressão clínica, ou seja nos sintomas. Por isso não funcionam. Os próprios gestores reconhecem que há deficit infinito em qualquer área e que praticamente todos os leitos que forem abertos serão ocupados.
                     Portanto é um problema, cuja abordagem atual não comporta solução. Isso favorece muito aos interessados no poder político e financeiro, mas é motivo de frustração da população e dos profissionais das diversas áreas envolvidos, pois se tornam ferramentas dessa perpetuação do atraso.O exemplo recente de importação de mão de obra de uma ditadura que instrumentaliza os seus profissionais é um exemplo histórico. A importação de profissionais explorados como escravos, sem saúde e oriundos de um ambiente triste vai deixar as suas marcas
                    A revista The Lancet publica a síntese da reunião de pensadores, no exemplar de 16 de fevereiro de 2014, volume 383, página 630. The Lancet-University of Oslo Commission no Global Governance for Health. É uma publicação bastante corajosa, mas que vai atingir muito poucas pessoas devido ao seu caráter acadêmico. Vale a pena o esforço para a leitura.
                     

sexta-feira, 7 de março de 2014

Opressão.

           A maior ferramenta para manutenção da opressão é a ignorância. Acreditar que tudo pode acontecer, que do nada, de repente podemos desenvolver uma doença, ou sermos vítimas de acidentes, deixando a saúde em plano intangível, sujeita ao acaso.
          Existe muito interesse por trás disso. Interesse político para controle social. Interesse financeiro, que mantém indústrias de planos de saúde, de hospitais, farmacêuticas, etc. Interesse religioso, explorando o momento.
             Desta forma todos nos tornamos vítimas a serem alcançadas por algum procedimento que traga retorno aos interesses. E são negados à população conhecimentos que simplificariam muito a vida das pessoas, além de permitir que escolhas fossem feitas, livrando da condição de oprimido.
                 O empoderamento da população significa superar a ignorância. Isso acaba de vez com todo esse equívoco vislumbrado hoje no sistema de saúde e vai muito mais além.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Tutela.

       Quem tiver interesse em entender melhor o significado da medicina na civilização moderna deve recorrer a Foucault e seus estudos sobre os mecanismos de controle da sociedade. Poderão entender melhor atitudes tais como políticas públicas conhecidas como mais médicos, bolsa família, minha casa minha vida, etc.
          Escondemos demônios de magnitudes intangíveis por trás de aparentes boas intenções. O objetivo, como já dissemos é o controle da sociedade. E muitos acreditam que existam aqueles com capacidade de administrá la. Ledo engano. Ignorância na sua mais rude expressão.
          Trabalhar para uma sociedade melhor. Por uma civilização avançada, significa dar poder ao povo. Significa dar educação e deixar que cada um escolha o que é melhor para a sua comunidade e para ele mesmo. A era do Salvador já passou há muito e deixou isso que está aí. Não resolveu.
             Surge a sociedade em rede. Sem tutela.