quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Transplante Fecal

         Com resultados promissores, uma pequena cápsula com fezes será provavelmente uma terapêutica muito utilizada em um futuro próximo, pois se propõe a resolver condições muito comuns entre nós e que desconhecíamos as causas. Muitas vezes a queixas são ansiedade, sobrepeso e inchaço. Na verdade, sempre que examinamos pacientes que apresentam uma combinação de síndrome do cólon irritável, fibromialgia, alergias ou alteração de comportamento, devemos pensar que pode ser um desequilíbrio da flora intestinal.
       O que desequilibra a nossa flora intestinal é o uso de antibióticos, alimentos sem fibras, aditivos de alimentos industrializados etc. E como resultado teremos morte de bactérias que nos beneficiam e crescimento de bactérias que nos fazem mal. Assim, ganhamos peso, adquirimos infecções e doenças crônicas.
       Cinco sinais que sugerem desequilíbrio da flora intestinal. 1- Depressão ou ansiedade. 2- O desenvolvimento de alergia a alimentos. 3- Síndrome do cólon irritável ou edema crônico. 4- Ganho de peso. 5- Alergias sazonais ou asma crônica.
           Ao contrário do que se pensa o intestino é um órgão conhecido como segundo cérebro. Nele são produzidas 80% da serotonina do organismo. O intestino está envolvido nos distúrbios de comportamento, nas alterações de memória e concentração.
      Já dá para refletirmos bem sobre a nossa próxima refeição. Mais ainda sobre a utilização indiscriminada que fazemos de antibióticos. Essa informação muda também a forma como abordamos   condições patológicas antes tratadas exclusivamente com sintomáticos. É uma maneira diferente e nova de entender e tratar os pacientes. 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Extrapolando Foucault

              O trabalho é a maior causa de stress crônico da população. O stress crônico está relacionado com todas as doenças da fase adulta. Conclui se portanto, que o trabalho é o grande responsável pela perda da saúde de grande parte do povo.
               Suponho que seja por isso que a França limitou o período de 6 h como o máximo de tempo de trabalho por dia. E tem como companheira de atitude a Alemanha, que é país top da Europa e do mundo.
           Os EUA exportou para a China as suas piores colocações e assim exportou um custo em  cuidados de saúde significativo.
             O termo saúde do trabalhador ainda em vigor leva em consideração parte desta verdade e ocupa lugar singelo dentro do que foi descrito por Michel Foucault e sua postulação de controle. A visão moderna não é exatamente contraditória, mas extrapola muito.
           
                

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Depósitos

                  Tem que haver um sentido mais amplo quando se cria uma unidade de saúde, qualquer que seja ela. Os serviços devem ser configurados pelas pessoas que vão trabalhar no local em consonância com os usuários. Os objetivos devem ser reavaliados sistematicamente e de forma transparente.
                  Não dá mais para seguir as decisões de gabinete, pelas quais ninguém se envolve. Essa é a fórmula dos depósitos nas quais se encaixam grande parte das unidades hoje. Metas e meritocracia não resolvem, apenas estressam o sistema, até que sejam abandonadas.
                   Ainda não há quem pense a saúde de forma avançada e diferente de tudo que temos aí. E o que temos não é satisfatório para ninguém.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A cartilha do FMI

             A Europa está triste. Triste, pois desde o início da crise de 2008 vem seguindo a austeridade exigida pelo FMI, àqueles que recorrem aos seus empréstimos.
              Assim sem perspectiva resta pouco para se fazer. Os sonhos e as esperanças se esvaem. Fica apenas a crueza da vida a ser levada.
               O Brasil está sob o risco iminente de ir pelo mesmo caminho. O programa neoliberal é a cartilha do FMI. Ela visa uma suposta segurança aos investidores, que nada mais é do que um ajuste da vetoração de circulação da riqueza no sentido dos grandes conglomerados financeiros.
                A Grécia, apesar de já equilibrada, paga com desemprego de 50% de sua população mais jovem. Será que vale a pena ?

domingo, 12 de outubro de 2014

Invisíveis

     Pesquisa norteamericana sobre a influência da sociedade nas decisões políticas, por parte tanto do executivo, quanto do legislativo evidenciou que somente as grandes empresas financiadoras de campanha possuem ascendência sobre os mesmos. 
       Isso mostra porque os debates feitos em qualquer esfera não tem nenhum impacto sobre as políticas públicas e explica em parte o desinteresse das pessoas em participar dessas discuções.
       Pior que isso, isso mostra que as decisões políticas estão todas lincadas aos interesses financeiros e talvez, exclusivamente.
       Em outras palavras, se não estamos inseridos em nenhum conglomerado financeiro, no alto escalão é claro, somos invisíveis e as nossas discussões são exercícios estéreis.